Hospitais sob gerenciamento do CONSAÚDE aprimoram captação de órgãos

Comissões multiprofissionais de captação de órgãos e tecidos formadas dentro das unidades, HRI e HRLB, têm permitido que doadores e suas famílias possam salvar um maior número de vidas

Os Hospitais Regionais, Dr. Leopoldo Bevilacqua e de Itanhaém, ambos gerenciados pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira tem se destacado em 2013 pelo trabalho realizado na captação de órgãos para doação.

Só este ano, foram realizados em cada uma das unidades, dois procedimentos de retirada de órgãos, resultando em aproximadamente 20 órgãos retirados com sucesso para respectivas doações neste ano de 2013. Porém, o resultado deste trabalho só foi possível devido a dois fatores: a conscientização e solidariedade das famílias dos doadores, e ao trabalho das Comissões Multiprofissionais de Captação de Órgãos e Tecidos de HRI e HRLB, responsáveis pelo contato com a família dos doadores, acompanhamento e ações em todo o processo de captação dentro de suas unidades hospitalares.

 

HRLB, Pariquera-Açu/SP

Em sua última captação de órgãos no Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua, localizado no Vale do Ribeira, mais de 20 profissionais estiveram envolvidos no dia 2 de maio. Na ocasião, um coração, dois rins, um fígado, um pâncreas e dois pulmões foram captados de um jovem doador, morador da região, que veio a falecer em conseqüência de um acidente de trânsito.

Foram 16 horas de trabalho ininterrupto das várias equipes do Instituto do Coração (INCOR), Hospital das Clínicas (HC) e CONSAÚDE. Durante este trabalho, médicos, enfermeiros, motoristas, oficiais administrativos e integrantes da diretoria do Consaúde, HRLB e SAMU Vale do Ribeira, assim como Prefeitura Municipal de Pariquera-Açu, uniram esforços e comprometimento para a realização do trabalho de captação e transporte, tanto dos órgãos quanto das equipes de profissionais que vieram de São Paulo para a realização dos procedimentos.

Desde a criação da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos do Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua esta foi a segunda doação de órgãos em 2013, fato que representou um marco na administração hospitalar da região e mais uma forma de auxiliar os envolvidos na captação de órgãos em todo o país. Dez dias antes, outro processo de doação ocorreu no HRLB/Consaúde, duas córneas e um rim foram captados, o doador tinha mais de 60 anos e era morador do Vale do Ribeira.

 

HRI, Itanhaém/SP

Em Itanhaém, os profissionais de saúde do HRI/CONSAÚDE possuem uma Comissão multiprofissional de Captação e Gerenciamento de Procedimentos de Doação de Órgãos, que acompanhou todo o processo de captação. Como procedimento habitual nestas situações, a equipe realizouu todos os exames no doador antes da captação e promove todos os contatos necessários para a eficiência e eficácia dos procedimentos.

Exemplo disso foi a mais recente captação de órgãos realizada na unidade, dia 1º de maio, quando duas equipes, uma da Unifesp e outra do Hospital das Clínicas (HC), munidas dos aparatos necessários para a realização da retirada e transporte dos órgãos, visando seu posterior transplante. Na ocasião foram captados os rins, o fígado e as duas córneas do doador, que era residente no Litoral Sul, era do sexo masculino e possuía 23 anos.

De acordo com a chefe de enfermagem do HRI, Enfª Mariangela Gonsalez, ”o pronto atendimento e O transporte das equipes de transplante provenientes de São Paulo, somados a nossa disposição e agilidade,  são determinantes para o melhor  aproveitamento dos órgãos, como desdobramento ou resultado das atividades desenvolvidas pelas equipes. Durante este momento, tão difícil para todos, a perda de um ente querido, não se pode deixar de forma alguma de agradecer aos familiares do doador, pois deste gesto de amor ao próximo, é que surge a possibilidade de ajudar outros tantos pacientes que aguardam nas filas de transplante em todo o país”

Procedimentos quanto à doação de órgãos  

FONTE: http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/doacao  

A doação é regida pela Lei nº 9.434/97. É ela quem define, por exemplo, que a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode ser realizada se precedida de diagnóstico de morte cerebral constatada por dois médicos e sob autorização de cônjuge ou parente.   Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito.

Cabe aos familiares autorizar a retirada de órgãos.Para ser doador é preciso: ­ • Ter identificação e registro hospitalar; • Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;

• Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
• Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;
• Submeter o paciente a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
• Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.

Observação: Após diagnosticada a morte encefálica, o médico do paciente, da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos deve informar de forma clara e objetiva que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante.

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