Hospital Regional Jorge Rossmann humaniza atendimento com grupo de apoio às mães da UTI Neonatal

A humanização no atendimento é uma das prioridades do Hospital Regional Jorge Rossmann, de Itanhaém, administrado pelo Consaúde – Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira e Litoral Sul. Com isso, foi criado o Grupo de Apoio às Mães Acompanhantes da UTI Neonatal. Ele é formado pela enfermeira coordenadora da UTI Cleiser Soares Bispo de Assunção, a psicóloga Andréa de Freitas Cercos, a fonoaudióloga especializada em amamentação Adriana Santos de Aguiar Pinto e a assistente social Nadir Rodrigues de Carvalho. Elas são responsáveis por auxiliar as puérperas que acompanham os bebês internados na UTI Neonatal e amenizar o sofrimento delas.

O grupo multidisciplinar detectou inicialmente a necessidade de apoio às mães, com orientações gerais sobre higiene, amamentação e os cuidados com os bebês que passam pela UTI Neonatal, sem contar o suporte para enfrentar o período de internação, o qual vem com muitos desafios e medos a serem superados. O trabalho teve início em 2014 e já rendeu bons frutos, com muitas histórias de superação. Os encontros acontecem todas as quintas-feiras, a partir das 13h30, no próprio Hospital. As profissionais se reúnem com as mães acompanhantes para orientar, ouvir e ajudá-las a enfrentar as angústias de ter um bebê internado na UTI.

Para a operadora de caixa Maria Helena dos Santos, que deu à luz um bebê de 27 semanas que ficou internado por três meses e meio na UTI, a palavra que define o grupo é acolhimento. “Foi um choque saber que ele tinha que ficar na UTI. O Hospital foi muito bom, eu podia ver meu bebê todo dia. Todas as vezes que eu precisei, eles me acolheram”, disse Maria Helena.

De acordo com a psicóloga Andréa, o nível de ansiedade interfere muito na vida das mães e bebês, inclusive na produção de leite. “São muitas angústias vividas pelas mães, desde ter que se dividir entre a família que ficou em casa e o bebê internado, a expectativa da alta médica até a amamentação”, afirmou. Por estes motivos é que foi criado o Grupo de Apoio às Mães Acompanhantes da UTI Neonatal, que vai além das portas do Hospital.

A assistente social Nadir ouve, atenta, o que as mães contam sobre suas vidas. Ela faz o acolhimento das demandas sociais e depois, encaminha devidamente às administrações municipais das cidades onde moram as mães. “Fora daqui, elas enfrentam muitos dramas em seus lares e procuramos ajudá-las da melhor maneira possível, até para que o bebê possa ir para casa com tranqüilidade”, falou a assistente social.

Além de todos os cuidados oferecidos pela UTI Neonatal aos bebês, as mães ganham um suporte psicológico para enfrentar a internação de seus filhos, que pode ser de dias até meses. “Um abraço, uma palavra amiga, tudo pode ajudar. Eu tive essa sorte de ser tão bem acolhida”, disse com um olhar brilhante Maria Helena, a mãe que recebeu orientação e apoio psicológico em forma de carinho.

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