Câncer de colo uterino é o de maior incidência no Vale do Ribeira

Setor de Oncologia do Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua atendeu mais de 116 pacientes no estágio mais avançado deste tipo de câncer em 2013

Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos podem causar uma infecção. Caso não sejam tratados podem evoluir para um câncer de colo uterino. Este é um tumor que se desenvolve a partir de alterações no colo do útero, que se localiza no fundo da vagina. Essas alterações são chamadas de lesões precursoras, são totalmente curáveis na maioria das vezes e, se não tratadas, podem demorar muitos anos para se transformar em câncer.

Este tempo pode demorar até 05 a 13 anos para se manifestar, variando de mulher para mulher. E chega em alguns casos a ficar encubado de 20 a 30 anos sem que qualquer evidência seja possível de ser identificada. (dados do Instituto Nacional do Câncer – INCA). O câncer de colo uterino pode atingir mulheres à partir dos 15 anos de idade.

O número de ocorrências deste tipo de patologia no Vale do Ribeira está em equilíbrio com a média nacional, porém caracteriza-se como o principal câncer detectado em mulheres na região, seguido logo após pelo câncer no aparelho digestivo e depois pelo de mama.

Em todo o ano de 2013, o setor de Oncologia do CONSAÚDE recebeu no HRLB 193 pacientes com o diagnóstico de displasia, um estágio intermediário deste tipo de câncer, cujo tratamento pode ser feito através de medicamento ou mesmo de uma conização (procedimento cirúrgico realizado com bisturi, laser ou ansa diatérmica que possibilita a terapêutica de lesões do colo do útero). Outros 116 pacientes procuraram a oncologia do Consórcio com o diagnóstico de neoplasia, quando a doença encontra-se em seu estado mais avançado.

O CONSAÚDE realiza todo o atendimento aos pacientes oncológicos de todo o Vale do Ribeira, através dos serviços prestados pelo setor que contém médicos clínicos e cirurgiões, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos, psicólogos, oficiais administrativos e servidores da limpeza. Só em 2013 a unidade computou 197 cirurgias oncológicas realizadas.

Um dos fatores responsáveis por este fato é a falta de proteção no momento da relação sexual, a falta de informação e uma quantidade grande de parceiros durante certo período, o que consequentemente multiplica em muito as chances de uma contaminação por HPV. Já que para os homens o vírus é assintomático, ou seja, ele não se manifesta e nem causa danos à saúde.

Ao ter como público-alvo meninas que ainda não entraram na vida sexual ativa, o Ministério da Saúde tem como objetivo principal reduzir a incidência deste câncer em até 95%, o que equivale a um pequeno investimento por parte do Sistema Único de Saúde (SUS), em comparação ao tratamento do câncer de colo uterino muito mais oneroso ao pode público. Portanto, prevenir é mais barato que remediar. Por exemplo: R$ 600,00 é o custo das três doses da vacina por paciente durante todo o tempo de tratamento do HPV. Existe a vacina no meio particular, mas não é possível estimativa de preço.

Criada desde o ano de 2013, a campanha poderá mostrar resultados reais e práticos daqui a aproximadamente 10 ou 20 anos para a sociedade brasileira, período quando estas “meninas” tornarem-se mulheres adultas.

 

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