HRLB faz parte de Programa Paulista de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante

O Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua, em Pariquera-Açu, administrado pelo Consaúde – Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira e Litoral Sul foi incluído no Programa Paulista de Apoio às Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante. Do Programa fazem parte hospitais  que, em 2013, notificaram maior número de mortes encefálicas no Estado de São Paulo.

O Programa Paulista estabelece repasse de recursos financeiros para desenvolvimento das atividades relacionadas ao processo de captação de órgãos, daí sua importância. O HRLB possui uma Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, que trabalha em conjunto para obter a cada ano melhores resultados. Fazem parte da comissão os médicos Dr. Radi Gebara Neto, Dr.

Arnaldo D’Amore Zardo, os enfermeiros Cíntia Martins Franco, André Luis Arcari, Richard Albert Schwangart e o psicólogo Rodrigo Otavio Gomes Nicz. A compreensão dos familiares e o profissionalismo das equipes envolvidas nas captações tornaram o HRLB, em 2013, uma instituição referência na captação de órgãos no Estado de São Paulo. Tudo resultado direto da solidariedade de amigos e parentes de doadores e do trabalho da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos do HRLB.

A enfermeira Cíntia Martins Franco, coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar falou da importância do trabalho da omissão. “Muitas vidas dependem do envolvimento da equipe multiprofissional de saúde no diagnóstico da morte encefálica e na manutenção do potencial doador, e da autorização da doação por parte dos familiares. Estarmos incluídos no Programa Paulista de Apoio às Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante é resultado deste envolvimento.”

Como funciona

A portaria 1752/05 determina a implantação das Comissões Intra-Hospitalares de Transplante em todos os hospitais com mais de 80 leitos. No ano de 2012, o HRLB formalizou o trabalho de captação de órgãos com a formação da Comissão. Com a equipe formada, o Hospital ganhou agilidade no processo de doação com diagnóstico de morte encefálica mais precoce, aumentando o número de notificações e uma possibilitando a melhor manutenção do potencial doador.

São realizados dois exames clínicos para diagnóstico de morte encefálica por médicos neurologistas diferentes. Após a realização dos exames clínicos, o Serviço de Procura de Órgão do Hospital das Clínicas de São Paulo é acionado. O Hospital da

capital envia um técnico para realizar o exame de imagem, o eletroencefalograma (EEG). Neste terceiro exame, com a confirmação da morte encefálica, a Comissão tem o papel de orientar a família sobre a opção de doação de órgãos. Com a afirmativa de familiares, o termo de autorização é assinado e o Hospital das Clínicas envia as equipes de captação para fazer a retirada dos órgãos no Centro Cirúrgico do HRLB.

Em 2013, o HRLB teve 12 notificações de morte encefálica, com nove doadores e três recusas. Em 2014, foram três notificações de morte encefálica, com duas doações. Em 2015, até o momento, foram cinco mortes encefálicas e duas doações.

A doação é regida pela Lei nº 9.434/97. É ela quem define, por exemplo, que a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode ser realizada se precedida de diagnóstico de morte cerebral constatada por dois médicos e sob autorização de cônjuge ou parente. Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito, basta comunicar alguém da família.

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