Oficina capacita profissionais para aprimorar investigação da mortalidade infantil

Reduzir a mortalidade materna e infantil é um dos desafios do sistema público de saúde. Para alcançar o objetivo são necessárias ações sistemáticas e olhar crítico para as ocorrências registradas no andamento da gravidez – do pré-natal ao nascimento. Com essa intenção, o Comitê Regional de Investigação da Mortalidade Materno e Infantil (CIMMI) organizou a Oficina de Capacitação para Investigação de Óbitos Fetais e Infantis, realizada na terça-feira, 26/07, com a participação de médicos, enfermeiros, técnicos dos 15 municípios e das maternidades do Hospital Regional Vale do Ribeira (HRVR/CONSAÚDE), Hospital São João e do Hospital Regional de Itanhaém (HRI/CONSAÚDE).

O encontro aconteceu nas dependências da Unesp. A metodologia adotada uniu teoria e prática, com reforço da linguagem teatral pelo grupo Saúde Encena, formado por Agentes de Saúde de Juquiá, que em 2010 recebeu prêmio do Ministério da Saúde. Na abertura dos trabalhos, o diretor do Departamento Regional de Saúde (DRS XII) de Registro, Nilson Rezende Lara, presidente do Comitê Regional, falou da importância da investigação para a redução da mortalidade destacando que o indicador de mortalidade materno e infantil retrata as condições do serviço público de saúde.

O Comitê Regional é formado por representantes do DRS- XII, Grupo de Vigilância Epidemiológica, Grupo de Vigilância Sanitária, Conselho Regional de Medicina, Colegiado Gestor Regional, Departamento Regional de Assistência Social, Diretoria Regional de Educação, Maternidades, Hospitais, entre outras instituições.

A investigação dos óbitos deve ser conduzida pelos comitês municipais. Os caminhos para esse trabalho foram apresentados no período da manhã pela bióloga Maria Cecília Rossi de Almeida, da Regional da Vigilância Epidemiológica (GVE), e por Maria Paula Groke, da Regional da Vigilância Sanitária. Cada município recebeu uma pasta com as portarias que regulam a questão e CD para a realização de oficinas locais.

Denise de Oliveira, do GVE, apresentou os indicadores da região. Em 2010, ocorreram 3 mortes maternas e 52 óbitos infantis – com pequeno aumento em relação a 2009. “A taxa de mortalidade infantil é considerada como principal indicador de saúde. Investigar as causas é fundamental para detectarmos possíveis falhas e traçar estratégias para melhorar o atendimento”, explicou Denise, destacando que as mulheres têm mais acesso e estão realizando mais as consultas de pré-natal.

Na parte da tarde da oficina, foram formados grupos de trabalho para atuar no estudo de casos. O Saúde Encena emocionou a todos pela sutileza em retratar situações vivenciadas no cotidiano de mães e pais que perdem seus filhos.

Os óbitos fetais (acima de 500 gramas) e de bebês menores de um ano são investigados nos municípios e posteriormente apresentados no Comitê Regional. Esse trabalho é importante para se conhecer as causas e desencadear ações para combatê-las. Daí a importância da investigação ocorrer num curto espaço de tempo, para que informações não se percam por motivos diversos.

Fonte: Jornal Regional

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