Casa da Gestante, Bebê e Puérpera humaniza atendimento às pacientes do HRLB

A Casa da Gestante, Bebê e Puérpera, uma unidade do Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua (HRLB), de Pariquera–Açu, gerenciado pelo Consaúde – Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira e Litoral Sul, é uma referência de humanização. O local é destinado ao acolhimento e acompanhamento das mães que necessitam de internação domiciliar para vigilância e proximidade do hospital referência, mas que não demandam de internação hospitalar e que residem distante do HRLB.

Com capacidade para receber 10 gestantes, a Casa abriga mulheres na fase de latência do trabalho de parto até que se encontrem na fase ativa ou que realmente se confirme que não estão em trabalho de parto, quando então podem ser liberadas para suas casas. A Casa também propicia um atendimento adequado às mulheres até o momento da sua internação definitiva no Hospital e àquelas mães que aguardam a alta de seus bebês.

A Casa da Gestante, Bebê e Puérpera oferece a essas mulheres condições de permanência, alimentação e acompanhamento pela equipe de referência, com consultórios, salas de recreação e de TV. O atendimento é multidisciplinar, com médico, enfermeira, cinco técnicos e auxiliares de enfermagem, nutricionista, psicóloga, assistente social, fisioterapeuta e auxiliar de serviços.

No entanto, quem pensa que a Casa é um espaço monótono e sem lazer, está enganado. As mães que lá ficam “hospedadas”, além de todo o cuidado de enfermagem, participam de atividades lúdico-terapêuticas com oficinas de artes e culinária, trocando experiências e aprendendo. Todo o conhecimento tornou-se fonte de renda para algumas mulheres. De acordo com a enfermeira responsável pela Casa, Priscila Assis Rangel, “em muitos casos as mães passaram a ter uma renda extra com o trabalho que aprenderam nas oficinas. Elas se queixavam da distância da família e da falta de ter o que fazer. São sentimentos contraditórios, os quais conseguimos vencer com os projetos de Oficina de Artes e Culinária”, afirmou.

 

Oficinas

A Casa recebe mães de todo o Vale do Ribeira. A agricultora Virgínia Pedroso da Silva Góes aproveita as aulas de artesanato. Ela está na casa pela segunda vez e elogia o tratamento. “As atividades ocupam a cabeça da gente. Da primeira vez, fiquei três dias e sempre fui muito bem tratada”, disse.

A auxiliar de serviços Cláudia de Campos é a monitora das oficinas. Ela começou de forma voluntária e hoje cuida das atividades envolvendo topo tipo de artesanato, desde bordado até crochê. “Tivemos pacientes que acabaram vendendo o que aprenderam nas aulas. É minha paixão poder interagir com estas mulheres e trocar experiências”. Nas oficinas de artes, que acontecem às terças, quintas e sábados, as pacientes produzem almofadas, bonecas, fraldas bordadas, entre outros, utilizando muitas criatividade, panos e linhas.

Já na oficina de culinária, coordenada pelo nutricionista Ricardo Ogawa, a arte envolve receitas regionais adaptadas para atender às demandas nutricionais de gestantes e puérperas. Os encontros semanais de uma hora de duração, incluem ficha técnica da receita, elaboração dos pratos e claro, degustação. O nutricionista explica que as receitas são feitas com produtos típicos do Vale do Ribeira. “Utilizamos produtos regionais de potencial prebiótico, de baixo custo, fácil preparo e armazenamento. Entre eles, usamos a banana verde, a pupunha, que são produtos da nossa região”, explicou.

Segundo e enfermeira Priscila, a assistência oferecida é humanizada e tem como base o modelo assistencial implementado pela equipe multiprofissional do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte, Minas Gerais. “Nosso intuito é diminuir o impacto da hospitalização, promover interação entre as gestantes e puérperas, estimular a autonomia, humanizar o ambiente, estimular o potencial saudável destas mulheres e promover mais qualidade de vida”, finalizou.

A Casa da Gestante, Bebê e Puérpera funciona em uma casa próxima ao HRLB. Para as oficinas, o espaço conta também com doações de linhas, panos e produtos regionais, como banana verde e pupunha. Para doar, basta dirigir-se até a Rua dos Expedicionários, 153, centro de Pariquera-Açu.

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