Finitude é tema de palestra nesta sexta-feira no auditório do Consaúde

“Finitude, distanásia, ortotanásia e eutanásia”. Palavras que, à primeira vista, parecem estrangeiras para as pessoas leigas e que, no entanto, fazem parte do cotidiano dos profissionais da área de saúde e da realidade de todos os seres humanos, pois têm ligação com a morte. Como lidar com tais assuntos? Para falar sobre isso, o psiquiatra Mauro Aranha, conselheiro do Conselho Regional de Medicina de São Paulo fará palestra no auditório do Consaúde, em Pariquera-Açu, na sexta-feira, 9 de outubro, às 18h30.

“Nos cursos de medicina e enfermagem ensinam sobre a vida. A morte é inevitável e não estamos preparados para encarar nem a nossa, nem a dos outros”, afirma o médico Antonio Ivam Silva, diretor regional do Sindicato dos Médicos do Vale do Ribeira e responsável pela organização da palestra. Ele explica que finitude são os dias que antecedem a morte e que é obrigação dos profissionais de saúde fazer com que tais momentos sejam menos dolorosos para a pessoa e os familiares. “Nem sempre vivemos com dignidade mas temos o direito de morrer com dignidade”, analisa.

Distanásia, por sua vez, é dificultar a chegada da morte mesmo quando não há mais esperança de vida. “É o que o médico mais faz: tentar evitar a morte quando é inevitável”, afirma o Dr. Ivam, explicando ainda que ortotanásia significa evitar o sofrimento desnecessário da pessoa. “Se o problema é a dor, tirar a dor; se o problema for desconforto respiratório, ajudar a respirar melhor”, observa o médico, lembrando que tais procedimentos devem ser simples, sem máquinas e tubos já que se tratam-se de pessoas em finitude.

E, por fim, a palestra abordará a eutanásia, que é provocar a morte e é considerado crime no Brasil. “Da mesma forma que não se deve facilitar, não se deve dificultar a morte”, afirma o Dr. Ivam, revelando que há hospitais que, em casos terminais, permitem a alta do paciente para que fique perto da família nos últimos instantes. “Mas as famílias precisam ter consciência de que há uma hora que chega o fim”, diz o médico.

Esses temas complexos serão abordados pelo psiquiatra Mauro Aranha. Trata-se de uma ação evento do Programa de Educação Médica Continuada, que integra o planejamento estratégico do Consaúde. “Estamos procurando as melhores pessoas para ministrar as palestras”, informa o Dr. Ivam. Ele calcula que haverá mais um ou duas palestras ainda este ano. Tais eventos são abertos a todos os profissionais da área de saúde, incluindo fisioterapeutas, farmacêuticos, dentistas, psicólogos e assistentes sociais, entre outros. Os participantes receberão certificados.

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